Para quem, como nós, acredita no espaço como entidade viva, os edifícios emparedados guardam dentro de si espaço refém, em sofrimento. Construídos com o intuito de proteger o interior e impedir a ruína, esquecem a violência que representam para o exterior, para o espaço público.
Estes edifícios aproximam-se da tradição medieval da punição, infligida ou voluntária, do emparedamento. A ele eram sujeitas beatas e mulheres acusadas de loucura ou bruxaria.